porque até os “bichos” tem um paraíso… afinal de contas, não existem “bichos”… tudo depende de quem os vê... e com os olhos que os vêem…

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sentir-te



Eu sinto-te permanentemente, mas nada se compara ao teu olhar presente.
Imagino-te dia e noite, roçando-te na minha pele cor de cera e depositando surrateiramente uns beijos quentes no meu corpo.
Imagino a tua boca sedenta continuando a viajar, e tremo sob as tuas trincas divinas e o teu jeito de me provar da ponta da língua. Eu tremo por te ter como eu tremo por te não ter.
Não há maneira de ficar isenta ao fascínio que me causas.

"Fecha os olhos", me dizes tu, passando dois dedos sobre as minhas palpebras, e eu executo-me com um tímido sorriso.
...e tu continuas o teu percurso, prendendo-me aos meus desejos, a esta vontade de me dar por inteira á fome da tua boca.
Mordiscas-me o bico dos seios, como se fossem duas cerejas maduras e sumentas, fazendo-me soltar um gemido carente. E eu contorço-me, gemendo cada vez mais, rendida á magia da tua presença e á forma única que tens de me tocar.
Tuas mãos passeiam sobre mim, deixando uma núvem de desejo nos meus olhos, no meu olhar louco e distante. E tu desces, brincando até chegares á entrada de um labirínto no qual gostas de morder, no qual gostas de te perder, no qual me perco contigo em orgasmos repetidos e de onde partimos para um mundo onde só existimos nós os dois.


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