
na minha carne crua e nua,
mergulhando-me num desespero profundo,
o de não poder gritar.
Os meus gemidos soltam-se e morrem
na minha boca amordaçada,
e eu vou sufocando aos poucos
neste tesão sem piedade
que não se deixa libertar.
Cada pulsação retém prazeres intensos
arrasando-me, descontrolando o meu ser,
e eu sucombo aos teus assaltos,
desarmada, louca, finalemente domada.
Porque só tu sabes onde me tocar,
me deixando assim sem jeito,
o delírio gritando nos meus olhos
e o calor da paixão, cobrindo as minhas coxas.
Tentaste-me,
arrasaste-me,
domaste-me
e libertaste-me das minhas correntes pesadas,
deixando tuas marcas
como este nectar delicioso
faiscando no meu peito.
IWY SM
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